segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Artrite Reumatoide


Artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical) e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, dos indivíduos geneticamente predispostos. A progressão do quadro está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos.
Não se conhecem as causas da doença, que afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens entre 50 e 70 anos, mas pode manifestar-se em ambos os sexos e em qualquer idade. A forma juvenil tem início antes dos 16 anos, acomete número menor de articulações e provoca menos alterações no exame de sangue.
Sintomas
No início, os sintomas podem ser insidiosos e comuns a outras enfermidades ou ocorrer abrupta e simultaneamente. Os mais comuns são rigidez matinal que regride durante o dia, mal-estar, diminuição do apetite, perda de peso, cansaço, febre baixa, inchaço nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, que se deformam com a evolução da doença.
Como se diagnostica a artrite reumatoide?
De um modo geral, quando o paciente estiver cursando com inflamação das juntas mencionadas anteriormente (principalmente das mãos), em ambos os lados do corpo (lado direito e lado esquerdo), levando enrijecimento das juntas por mais de uma hora, por mais de 6 semanas, sugerem estar diante da artrite reumatoide. A presença de exame de sangue evidenciando fator reumatoide ou anticorpo anti-peptídeos citrulinados cíclicos ou pela presença de alterações radiológicas encontradas em mãos (áreas de destruições ósseas, por exemplo) contribuem para o raciocínio clínico.
 
Quais as complicações da doença?
Se não tratada, a doença pode ser responsável por uma diminuição da expectativa de vida em torno de 10 a 15 anos. Além disto, pode evoluir com perda da mobilidade ou até mesmo deformidade das juntas, de um modo irreversível.
Tratamento
Quanto mais cedo for diagnosticada a doença e iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico. Embora ainda não se conheçam os recursos para a cura definitiva, é possível obter a remissão dos sintomas, preservar a capacidade funcional e evitar a progressão das deformidades.
Repouso só deve ser indicado em quadros muito dolorosos e por pouco tempo. Atividade física e fisioterapia são importantes para controlar o comprometimento das articulações e a perda da mobilidade.
O tratamento medicamentoso inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE), corticoides e drogas imunossupressoras, como o metrotrexato e a ciclosporina. Alguns medicamentos mais recentes, desenvolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades terapêuticas.
Em torno de 75% dos pacientes apresentam melhora do quadro quando são tratados com baixas doses de medicações durante o primeiro ano, no entanto, pelo menos 10% dos pacientes apresentam pouca resposta, sofrendo incapacitação pela doença. 
A cirurgia e a colocação de próteses articulares podem representar uma opção de tratamento, nos estágios avançados da doença.
Recomendações
* Não tenha medo: artrite reumatoide não é doença contagiosa nem hereditária;
* Lembre que a artrite reumatoide sem tratamento pode ter como consequência a total incapacidade de movimentar-se;
* Não se automedique nem atribua ao envelhecimento sinais que possam ser indicativos da artrite reumatoide. Procure assistência médica.

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